Você está em:
Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1860 > Novembro > Um espírita ao seu espírito familiar - Estâncias
Um espírita ao seu espírito familiar - Estâncias
Oh! Tu que à minha tristeza
Olhas com terna piedade!
Oh! Tu que à minha fraqueza
Dás o apoio da amizade!
Espírito, gênio ou flama,
Suspende teu voo aos céus;
Fica e esta minha alma inflama,
Oh! Conselheiro entre os véus!
Enviado da Providência,
Enviado da Providência,
Sábio intérprete da Lei,
Fala, que escuto em paciência:
Mestre, ensina e aprenderei.
Ainda há pouco eu duvidava,
A dúvida me afligia,
Mestre, ensina e aprenderei.
Ainda há pouco eu duvidava,
A dúvida me afligia,
Teu sopro a sombra afastava
Dando-me a luz da alegria.
Assim, Deus, mestre adorável,
Antes Pai que criador,
Põe, com ternura inefável,
Assim, Deus, mestre adorável,
Antes Pai que criador,
Põe, com ternura inefável,
Um anjo na nossa dor.
Cada qual, ó maravilha!
Tem um celeste guardião;
Cada um tem na sua trilha
Cada qual, ó maravilha!
Tem um celeste guardião;
Cada um tem na sua trilha
O amparo de oculta mão.
Doce anjo que me consola!
Irmão bendito entre os véus,
Doce anjo que me consola!
Irmão bendito entre os véus,
Contigo minha alma evola,
Que se evole para os céus!
Amo-te, anjo tutelar,
Sou feliz se as mãos nos damos,
Sigo-te, estrela a clarear
Amo-te, anjo tutelar,
Sou feliz se as mãos nos damos,
Sigo-te, estrela a clarear
O céu para onde avançamos.
A. G.
A. G.