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O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Primeira parte — Doutrina > Capítulo II — Da apreensão diante da morte > Causas da apreensão diante da morte. > 1
1. O homem, seja qual for o grau da escala a que pertença, desde o
estado de selvageria, tem o sentimento inato do futuro; sua intuição
diz-lhe que a morte não é a última palavra da existência, e que aqueles
de quem temos saudades não estão perdidos irremediavelmente. A crença no
futuro é intuitiva, e infinitamente mais geral do que a crença no nada.
Como explicar então que, entre aqueles que creem na imortalidade da
alma, se encontre ainda tanto apego às coisas da terra, e uma apreensão
tão grande da morte?