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A Gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo > A Gênese > Capítulo XII — Gênese moisaica > Perda do paraíso. > 21
21. Dizendo a Adão que ele tiraria da terra a alimentação
com o suor de seu rosto, Deus simboliza a obrigação do
trabalho; mas, por que fez do trabalho uma punição? Que
seria da inteligência do homem, se ele não a desenvolvesse
pelo trabalho? Que seria da Terra, se não fosse fecundada,
transformada, saneada pelo trabalho inteligente do homem?
Lá está dito (Gênese, 2:5 e 7): “O Senhor Deus ainda não havia feito chover sobre a Terra e não havia nela homens que a cultivassem. O Senhor formou então, do limo da terra, o homem.” Essas palavras, aproximadas destas outras: Enchei a Terra, provam que o homem, desde a sua origem, estava destinado a ocupar toda a Terra e a cultivá-la, assim como, ao demais, que o paraíso não era um lugar circunscrito, a um canto do globo. Se a cultura da terra houvesse de ser uma consequência da falta de Adão, seguir-se-ia que, se Adão não tivesse pecado, a Terra permaneceria inculta e os desígnios de Deus não se teriam cumprido.
Por que disse ele à mulher que, em consequência de haver cometido a falta, pariria com dor? Como pode a dor do parto ser um castigo, quando é um efeito do organismo e quando está provado, fisiologicamente, que é uma necessidade? Como pode ser punição uma coisa que se produz segundo as leis da natureza? É o que os teólogos absolutamente ainda não explicaram e que não poderão explicar, enquanto não abandonarem o ponto de vista em que se colocaram. Entretanto, podem justificar-se aquelas palavras que parecem tão contraditórias.
Lá está dito (Gênese, 2:5 e 7): “O Senhor Deus ainda não havia feito chover sobre a Terra e não havia nela homens que a cultivassem. O Senhor formou então, do limo da terra, o homem.” Essas palavras, aproximadas destas outras: Enchei a Terra, provam que o homem, desde a sua origem, estava destinado a ocupar toda a Terra e a cultivá-la, assim como, ao demais, que o paraíso não era um lugar circunscrito, a um canto do globo. Se a cultura da terra houvesse de ser uma consequência da falta de Adão, seguir-se-ia que, se Adão não tivesse pecado, a Terra permaneceria inculta e os desígnios de Deus não se teriam cumprido.
Por que disse ele à mulher que, em consequência de haver cometido a falta, pariria com dor? Como pode a dor do parto ser um castigo, quando é um efeito do organismo e quando está provado, fisiologicamente, que é uma necessidade? Como pode ser punição uma coisa que se produz segundo as leis da natureza? É o que os teólogos absolutamente ainda não explicaram e que não poderão explicar, enquanto não abandonarem o ponto de vista em que se colocaram. Entretanto, podem justificar-se aquelas palavras que parecem tão contraditórias.