Poesias espíritas
A Bernard Palissy
Quando de nosso futuro, incerto e flutuante,
Malgrado meu, duvidava da imortalidade,
Vieste ao meu apelo, e tua mão benfeitora
Tirou a faixa da incredulidade;
Dize-me: De onde vem a terna simpatia
Que te tirava da celeste morada?
Lembrança de uma vida passada,
Que deixava no peito um amor fraterno?
Caro Espírito, talvez, n’outra existência
Foste meu protetor, meu guia, meu apoio.
Mas em vão interrogo: Deus, em sua previdência
Sobre os olhos me pôs o véu do esquecimento
Esperando o tempo em que visse tua esfera,
E meu Espírito até ti possa elevar-se!
Se devo retornar a esta Terra triste,
Ó amado Bernard, pensa sempre em mim.
Srta. L. O. LIEUTAUD, de Rouen.