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Le Roman de L'Avenir (Por E. Bonnemère)
No ano passado os Espíritos nos haviam dito que em pouco a literatura entraria na via do Espiritismo, e que 1867 veria aparecerem várias obras importantes. Com efeito, pouco depois apareceu o Spirite, de Théophile Gautier. Era, como dissemos, menos um romance espírita que o romance do Espiritismo, mas que teve a sua importância pelo nome do autor.
Veio a seguir, no começo deste ano, a tocante e graciosa história de Mirette. Nessa ocasião o Espírito do Dr. Morel Lavallée disse na Sociedade:
"O ano de 1866 apresenta a filosofia nova sob todas as suas formas; mas é ainda a haste verde que encerra a espiga de trigo, e para mostrá-la espera que o calor da primavera a tenha amadurecido e feito entreabrir. 1866 preparou, 1867 amadurecerá e realizará. O ano se abre sob os auspícios de Mirette e não terminará sem ver aparecerem novas publicações do mesmo gênero e mais sérias ainda, de tal forma que o romance tornar-se-á filosofia e a filosofia far-se-á história" (Revista de fevereiro de 1867).
Estas palavras proféticas se realizam. Temos como certo que uma obra importante aparecerá dentro em pouco; não será um romance, que podemos considerar como obra de imaginação e de fantasia, mas a própria filosofia do Espiritismo, altamente proclamada e desenvolvida por um nome que poderá ensejar a reflexão aos que pretendem que todos os partidários do Espiritismo são loucos.
Enquanto esperamos, eis uma obra que de romance só tem o nome, porque a intriga aí é quase nula e é apenas um quadro para desenvolver, sob a forma de palestras, os mais altos pensamentos da filosofia moral, social e religiosa. O título de Romance do Futuro não parece lhe ter sido dado senão por alusão às ideias que regerão a Sociedade no futuro, e que no momento apenas estão no estado de romance. O Espiritismo aí não é citado, mas pode tanto melhor reivindicar as suas ideias, cuja maior parte parece colhida textualmente na Doutrina, e se algumas delas se afastam um pouco, são em pequeno número e não vão ao fundo da questão. O autor admite a pluralidade das existências, não só como racional, conforme à justiça de Deus, mas como necessária, indispensável ao progresso da alma e haurida da sã filosofia. Mas o autor parece inclinado a crer, embora não o diga claramente, que a sucessão das existências se realiza de mundo a mundo, mais do que no mesmo meio, porque não fala de modo explícito das múltiplas existências num mesmo mundo, embora essa ideia possa ser subentendida. Talvez aí esteja um dos pontos mais divergentes, mas que, aliás, absolutamente não prejudica o fundo, porquanto, definitivamente, o princípio seria o mesmo.
Essa obra, por conseguinte, pode ser posta na classe dos livros mais sérios destinados a vulgarizar os princípios filosóficos da Doutrina no mundo literário em que o autor goza de uma posição de destaque. Disseram-nos que quando ele o escreveu, não conhecia o Espiritismo. Isto parece difícil, mas se assim é, seria uma das mais brilhantes provas da fermentação espontânea dessas ideias e de seu poder irresistível, porque só o acaso não reúne tantos pesquisadores no mesmo terreno.
O prefácio não é a parte menos curiosa do livro. O autor aí explica a origem de seu manuscrito. Pergunta ele:
"Qual a minha colaboração no Roman de l‘Avenir? Somos dois, ou três, ou o autor se chama legião? Deixo estas coisas à apreciação do leitor, depois que lhe tiver contado uma aventura muito verídica, embora tenha todas as aparências de uma história do outro mundo."
Tendo parado um dia em modesta aldeia da Bretanha, a dona do albergue lhe contou que havia na região um jovem que fazia coisas extraordinárias, verdadeiros milagres.
"Sem ter nada aprendido, disse ela, ele sabe mais que o reitor, o médico e o escrivão juntos e mais do que todos os feiticeiros reunidos. Ele se fecha todas as manhãs em seu quarto; vê-se sua lâmpada através das cortinas, porque ele precisa da lâmpada, mesmo de dia, e então escreve coisas que ninguém jamais viu, mas que são soberbas. Ele anuncia com seis meses de antecedência, o dia, a hora, o minuto em que cairá nos seus grandes acessos de feitiçaria. Uma vez que disse ou escreveu, nada mais sabe, mas é verdadeiro como a palavra do Evangelho e infalível como decisão do papa em Roma. Ele cura à primeira vista, sem cobrar, aqueles que lhe são simpáticos, e, às barbas do médico, os doentes que este não cura, mesmo cobrando. O senhor reitor diz que não pode ser senão o diabo que lhe dá o poder de curar aqueles a quem Deus manda doenças para o seu bem, a fim de prová-los ou castigálos."
"Fui vê-lo, acrescenta o autor, e minha boa estrela quis que lhe fosse simpático. Era um jovem de 25 anos, ao qual seu pai, rico camponês da região, tinha propiciado uma certa educação, a despeito do que disse a minha hospedeira; simples, melancólico e sonhador, levando a bondade até a excelência, e dotado de um temperamento no qual o sistema nervoso dominava sem contrapeso. Levantava-se de madrugada, tomado de uma febre de inspiração que não podia dominar, e espalhava em ondas sobre o papel as estranhas ideias que germinavam por si mesmas, malgrado seu, em seu cérebro, e às vezes contra a sua vontade."
"Vi-o à obra. No espaço de uma hora ele cobria invariavelmente o seu caderno com quinze ou dezesseis páginas de escrita, sem hesitação, sem rasuras, sem parar um segundo à busca de uma ideia, de uma frase, de uma palavra. Era uma torneira aberta, de onde a inspiração jorrava em jato sempre igual. Absolutamente mudo durante essas horas de trabalho encarniçado, dentes serrados e lábios contraídos, recuperava a palavra no momento em que o relógio batia a hora de retomada dos trabalhos campestres. Ele voltava, então, à vida normal, e tudo quanto acabava de pensar ou escrever durante essas duas ou três horas de uma outra existência, pouco a pouco se apagava de sua memória, como o sonho que se apaga e desaparece à medida que a gente desperta. No dia seguinte, expulso da cama por uma força invencível, entregava-se à obra e continuava a frase ou a palavra começada na véspera."
"Abriu-me um armário, no qual se acumulavam cadernos cheios de seus escritos. ─ Que há em tudo isto? perguntei. ─ Ignoro-o tanto quanto vós, respondeu ele sorrindo. ─ Mas como vos vem tudo isso? ─ Não posso senão repetir a mesma resposta: ignoro-o tanto quanto vós. Por vezes sinto que está em mim; outras vezes sinto que me dizem. Então, sem ter consciência e sem ouvir o som de minhas próprias palavras, eu o repito aos que me cercam, ou o escrevo."
“Aquilo constituía cerca de dezessete mil páginas, escritas em quatro anos. Aí estavam uma centena de novelas e de romances; tratados sobre diversos assuntos; receitas médicas e outras; máximas, etc. Notei sobretudo isto:"
"Estas coisas me são reveladas, a mim, simples de espírito e de instrução, porque, nada sabendo, não tendo a respeito ideias preconcebidas, estou mais apto a assimilar as ideias alheias."
"Os seres superiores, que partiram primeiro, depurados ainda pela transformação, vêm envolver-me e me dizer:"
“Dão-vos tudo o que não se aprende e que pode esclarecer o mundo onde, ao partirmos, deixamos o nosso rastro indelével. Mas é preciso reservar sua parte ao trabalho pessoal, sem usurpar a ciência adquirida, nem o trabalho que cada um pode e deve fazer.”
"Nesse enorme amontoado, escolhi um simples idílio, obra de fantasia, estranho, impossível, e no qual são lançados, sob uma forma mais ou menos leve, as bases de uma nova cosmogonia completa. Em seus cadernos esse estudo tinha como título: a Unidade, que julguei que deveria substituir pelo de Romance do Futuro." Eis o dado principal do enredo:
Paul de Villeblanche morava na Normandia, com seu pai, nos restos de um velho castelo, outrora morada senhorial de sua família, arruinada e dispersa pela Revolução. Era um jovem de uns vinte anos, de grande inteligência, com as mais amplas e avançadas ideias, e que tinha posto de lado todos os preconceitos de raça.
No mesmo cantão vivia uma velha marquesa muito devota que, para resgatar os seus pecados e salvar sua alma, tinha imaginado tirar da miséria e do pântano social uma pequena boêmia e dela fazer uma religiosa. Dessa maneira, pensava ela, estaria certa de ter alguém que, pelo reconhecimento e pelo dever, por ela oraria incessantemente, durante sua vida e após a morte. Essa jovem era, pois, educada no convento, desde cerca dos oito anos, e enquanto esperava para tomar o hábito, vinha de dois em dois anos passar seis semanas na casa de sua benfeitora. Mas essa jovem, de rara inteligência, tinha intuitivamente e sobre muitas coisas, ideias à altura das de Paul. Ela estava então com dezesseis anos. Numa de suas férias, os dois jovens se encontram, ligam-se por uma afeição fraterna e têm conversas em que Paul desvela para sua inteligente companheira princípios filosóficos novos para ela, mas que ela compreende sem esforço e por vezes ultrapassa. As duas almas de escol estão à altura uma da outra. O romance acaba em casamento, como era de se esperar, mas aí está apenas um pretexto para dar uma lição prática sobre um dos pontos mais importantes da ordem social e dos preconceitos de casta.
Inscrevemos de boa vontade este livro no número dos que devem ser propagados, e que têm seu lugar marcado na biblioteca dos espíritas.
São essas conversas que fazem o assunto principal do livro; o resto é apenas um quadro muito simples para a exposição das ideias que um dia devem prevalecer na Sociedade.
Para relatar tudo o que sob esse ponto de vista mereceria ser relatado, haveria necessidade de citar a metade da obra. Reproduzimos apenas alguns dos pensamentos que poderão permitir o julgamento do espírito no qual ela foi concebida:
"Achar é a recompensa por haver procurado; tudo quanto nós mesmos podemos fazer, não deve ser pedido aos outros."
"O mundo é um vasto canteiro, no qual Deus a cada um distribui a sua tarefa, designando-nos o nosso trabalho conforme as nossas forças. Deste imenso atrito de inteligências diversas, opostas, aparentemente hostis, jorra a luz, sem que se apague na hora do nosso último sono. Ao contrário, a marcha constante das gerações que se sucedem traz uma nova pedra ao edifício social; a luz se torna mais brilhante quando nasce uma criança trazendo, para continuar o progresso, o primeiro elemento de uma inteligência constantemente renovada."
"Mas a marquesa me repete incessantemente, diz a moça, que todos nascemos maus; que não diferimos senão pela maior ou menor propensão para o pecado; que a existência inteira é uma luta contra as nossas inclinações; que todos tenderiam para a eterna danação, se a religião que ela me ensina não nos detivesse à borda do abismo."
"─ Não creia nesses blasfemos. Deus seria o agente do mal, se não tivesse posto em cada um de nós a bússola que deve guiar nossos passos para a realização dos nossos destinos, e se os homens não tivessem podido marchar em seu caminho até o dia em que a Igreja veio corrigir a obra imperfeita e mal acabada do Eterno."
"Quem sabe se, na imensa rotação do mundo, nossos filhos, por sua vez, não se tornarão nossos pais, e se não nos restituirão, intacta, esta soma de misérias que lhes teremos deixado ao partir?"
"Nenhum mal pode vir de Deus, nem no tempo nem na eternidade. A dor é obra nossa, é o protesto da Natureza para nos indicar que não mais estamos nas vias que ela assinala para a atividade humana. Ela se torna um meio de salvação, porque é o seu próprio excesso que nos leva à frente, incita nossa imaginação preguiçosa e nos leva a fazer grandes descobertas que aumentam o bem-estar dos que devem passar por este globo depois de nós."
"Cada um de nós é um anel dessa cadeia sublime e misteriosa que liga todos os homens entre si, bem como com a criação inteira, e que jamais, em parte alguma, poderiam ser quebradas."
"Após a morte, os órgãos gastos necessitam de repouso e o corpo devolve à terra os elementos de que se constituem, até o fim dos tempos, os seres que se sucedem. Mas a vida renasce da morte."
"Nós partimos, levando conosco a lembrança dos conhecimentos aqui adquiridos; o mundo para onde iremos nos dará os seus, e nós os agruparemos todos em feixe, para deles formar o progresso."
"Entretanto, aventurou a moça, haverá um termo, um inevitável fim, tão afastado quanto o supões."
"─ Por que limitar a eternidade, depois de tê-la admitido em princípio? Aquilo que se chama o fim do mundo é apenas uma imagem. Jamais houve começo e jamais haverá fim do mundo. Tudo vive, tudo respira, tudo é povoado. Para que o juízo final possa chegar, seria preciso um cataclismo geral, que fizesse o Universo inteiro entrar no nada. Deus, que tudo criou, não pode destruir sua obra. Para que serviria o aniquilamento da vida?"
"Sem dúvida a morte é inevitável. Mas, melhor compreendida no futuro, esta morte que nos apavora não será mais que a hora prevista, talvez esperada, da partida, para fornecer uma nova etapa. Um chega, outro se põe a caminho, e a esperança enxuga as lágrimas que correm no instante dos adeuses. A imensidade, o infinito, a eternidade prolongam aos nossos olhos ávidos as suas perspectivas cujo desconhecido nos atrai. Já mais aperfeiçoados, faremos uma mais bela viagem, depois partiremos ainda outra vez, e marcharemos sempre, elevando-nos incessantemente."
"Porque de nós depende que a morte seja a recompensa do dever cumprido, ou o castigo, quando a obra encomendada não tiver sido feita."
"Em qualquer lugar em que estejamos no Universo, prendemo-nos por laços misteriosos e sagrados que nos tornam solidários uns com os outros, e recolheremos fatalmente a colheita do bem e do mal que cada um de nós semeou atrás de si, antes de partir para a grande viagem."
"A criança que nasce traz seu germe de progresso; o homem que morre deixa o seu lugar para que depois dele o progresso se realize, e ele vá continuar a nele trabalhar também, lavando alhures, e a outro ser, sua alma aperfeiçoada."
“Aqueles a quem deves a luz expiaram nesta vida as faltas de um passado misterioso. Eles sofreram, mas sofreram corajosamente. O Deus de amor e de misericórdia necessitava deles, sem dúvida, para uma missão mais importante em outro mundo. Ele os chamou para si, concedendo-lhes assim o salário merecido antes que o dia tivesse acabado.”
(A propósito de uma jovem que, ainda criança, operava curas surpreendentes, indicando os remédios por intuição).
"Isto fez ruído, e a principal autoridade, o cura, emocionou-se e interveio. Por meios naturais, uma menina fazia o que nem o médico, com sua ciência, nem ele com suas preces podia obter!... Evidentemente ela era possessa. Para os homens de pouca fé e inteligência obtusa, é Deus que, com o propósito de nos castigar, como se não tivesse a eternidade à sua frente, ou de nos provar, como se ele não soubesse o que vamos fazer, nos envia todos os males, os flagelos de todo o gênero, as ruínas, a perda dos que nos são caros. Ao contrário, é Satã que dá a prosperidade, que ajuda a encontrar tesouros, que cura os doentes e que nos prodigaliza todas as felicidades, todas as alegrias deste mundo. Deus, enfim, segundo eles, faz o mal, ao passo que o diabo é o autor de todo o bem."
"Então Maria foi exorcizada, rebatizada ao acaso, a fim de não poder mais aliviar os seus semelhantes. Mas nada funcionou, pois ela continuou a fazer o bem em seu redor."
"─ Mas tu, que sabes tudo, Paul, que dizes de tudo isto?"
"─ Se não creio nunca no que a minha razão repele, respondeu o jovem conde, não nego os fatos atestados por numerosas testemunhas, apenas porque a Ciência não sabe explicá-los. Deus deu aos animais o instinto de ir diretamente à planta que pode curar as raras doenças que os atingem. Por que nos teria recusado esse precioso privilégio? Mas o homem saiu dos caminhos que o Criador lhe havia assinalado e pôs-se em hostilidade com a Natureza, cujos avisos cessou de escutar. Esse facho extinguiu-se nele, e a Ciência veio substituir o instinto que, em sua arrogância de bem sucedida, ela negou, combateu, perseguiu, aniquilou tanto quanto estava em suas possibilidades. Mas quem pode afirmar que ele não sobrevive nalguns seres simples e primitivos, decididos a se esclarecer docilmente por todos os clarões que eles próprios entreveem, animados que estão pelo desejo de vir em auxílio aos sofrimentos alheios?"
"Quem sabe se Maria, tendo vivido outrora entre povos na infância, entre os quais ainda sobrevive o instinto e que conhecem segredos maravilhosos, ou então nalgum mundo mais adiantado, de onde suas faltas a fizeram decair, Deus não lhe permita recordar-se de coisas que os outros esqueceram?
“Para cada um de nós, não são certos conhecimentos que parecem reencontrarse em nós, tão fácil nos é o seu estudo, ao passo que outros não podem penetrar em nosso espírito, sem dúvida porque vêm feri-lo pela primeira vez, ou porque várias gerações acumularam sobre esses conhecimentos montanhas de ignorância e de esquecimento?”
(A propósito das visões nos sonhos).
"É a alma mantida no seu exílio que conversa com a alma desprendida de sua parte terrena. Assim, essas visões são iluminadas por um raio luminoso que deixa entrever aos pobres humanos quanto é resplendente o ponto onde chegaram os que souberam dirigir o seu esquife no oceano perigoso, onde flutua a existência."
"Sem dúvida, em mundos diferentes, nossos corpos se constituem de elementos diferentes, e aí revestimos outro envoltório, mais perfeito ou mais imperfeito, conforme o meio onde eles devem agir. Mas, sobretudo, é certo que esses corpos vivem, animados todos pelo mesmo sopro de Deus; que a transmissão das almas se faz, tanto nuns quanto noutros dos inumeráveis planetas que povoam o espaço infinito, e que, sendo eles a própria emanação de Deus, existem identicamente nas mesmas condições em todos os mundos. Do outro lado da vida, ele nos dá uma alma sempre purificada, que nos permite que nos aproximemos incessantemente do Céu. Só a nossa vontade por vezes a faz desviar-se do reto caminho."
"─ Entretanto, Paul, ensinam-nos que ressuscitaremos com os nossos corpos de hoje!"
"─ Tudo isto não passa de loucura e orgulho! Nossos corpos não são nossos, mas de todo mundo, dos seres que ontem devoramos e daqueles que nos devorarão amanhã. Eles são de um dia; a Terra no-los empresta e no-los retomará. Só a nossa alma nos pertence; só ela é eterna, como tudo quanto vem de Deus e a ele retorna."